EXCLUSIVO – Em Viseu, ameaça eleitoral é de queimar o Fórum com juíza dentro
A violência dessa campanha eleitoral para prefeito e vereador extrapolou a seara política, no Pará – um candidato já foi assassinado em Dom Eliseu; outro, sofreu atentado e quase morre em Parauapebas; além de tiros contra a casa e carro da postulante ao cargo de vice-prefeita, em Belém. Isto sem falar de ameaças telefônicas e promessas de morte em outras cidades do interior.
A violência dessa campanha eleitoral para prefeito e vereador extrapolou a seara política, no Pará – um candidato já foi assassinado em Dom Eliseu; outro, sofreu atentado e quase morre em Parauapebas; além de tiros contra a casa e carro da postulante ao cargo de vice-prefeita, em Belém. Isto sem falar de ameaças telefônicas e promessas de morte em outras cidades do interior.
Desta vez, as informações que chegam ao Ver-o-Fato, oriundas de Viseu – município da fronteira do Pará com o Maranhão – tratam de postagens em áudios agressivas e intimidadoras contra a integridade física e a própria vida de Luana Assunção Pinheiro, juíza substituta lotada na 14ª Zona Eleitoral. Em um ofício endereço ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – cujo documento o Ver-o-Fato teve acesso com exclusividade -, ela relata as ameaças, inclusive de morte, que está sofrendo nas redes sociais após decisão que tornou inelegível a candidata da oposição à prefeitura, Carla Dulcirene Parente Novaes.
Inconformados com a decisão – monocrática e, portanto, passível de recurso junto às instâncias superiores da Justiça Eleitoral -, partidários de Carla Novaes passaram a proferir ataques à honra da juíza, acrescentando veladas ameaças, até mesmo de queimá-la viva, juntamente com o prédio do Fórum e sede do Poder Judiciário no município.
O primeiro áudio, na voz de uma mulher, faz a seguinte ameaça: “se isso acontecer (reeleição do atual prefeito), tem que tocar fogo no Fórum, com a juíza dentro do cartório”.
Em outro áudio, cuja voz é a mesma da primeira gravação, a mulher destila ódio e profere palavrões contra a juíza: “é pra botar essa juíza vagabunda pra correr debaixo de porrada”.
Segundo informações chegadas ao conhecimento da juíza Luana Pinheiro, a voz identificada nas gravações é da mulher de prenome Siléia, irmã do vereador daquele município, Wilson Rodrigues Araújo.
Ouça as ameaças e veja, abaixo, a íntegra do ofício da juíza ao TRE: