Rumo a Beirute
Justiça Federal autoriza viagem de Michel Temer ao Líbano
Convidado por Bolsonaro, ex-presidente deve integrar missão de humanitária do governo brasileiro.
Rumo a Beirute
Convidado por Bolsonaro, ex-presidente deve integrar missão de humanitária do governo brasileiro.
Por Redação Gaúcha ZH
O ex-presidente Michel Temer foi autorizado pela Justiça a viajar ao Líbano em uma missão de ajuda humanitária, após as explosões que destruíram a região portuária de Beirute, na semana passada. Segundo o portal G1, autorização foi concedida pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Temer é réu em duas ações penais e, por isso, não pode deixar o Brasil. Mesmo assim, ele já conseguiu ir ao Exterior duas vezes, no ano passado, com autorização judicial.
No último domingo (9), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que a equipe brasileira podia ser chefiada por Temer, que é filho de libaneses, e havia sido convidado para assumir a função. A declaração foi feita durante uma conferência organizada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
Entre as medidas anunciadas pelo Brasil, estão o envio de medicamentos e insumos básicos médicos em um avião da Força Aérea Brasileira e a destinação de 4 mil toneladas de arroz para atenuar os efeitos da perda de cereais. Bolsonaro também afirmou que negocia com o governo libanês o envio de uma equipe técnica para colaborar na perícia que investiga a explosão.
Sob pressão internacional, o presidente do Líbano, Michel Aoun, prometeu investigar e responsabilizar todos os culpados pela tragédia. O governo do Líbano é acusado de negligência na explosão e está à beira de uma crise humanitária após a destruição de estoques de comida e remédios.
A megaexplosão devastou Beirute na última terça-feira (4) e deixou pelo menos 150 mortos e 5 mil feridos. O incidente na capital libanesa, provocado, segundo as autoridades, por um incêndio em um depósito que armazenava nitrato de amônio, deixou quase 300 mil desabrigados.
O episódio deixou bairros inteiros da cidade devastados. O prejuízo pode superar US$ 5 bilhões (R$ 26,4 bilhões), segundo as autoridades locais.