PF combate o descaminho de fibra ótica procedente do Paraguai
Nesta manhã (14/4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Ponta Solta, que apura a introdução ilícita no País e a comercialização de cabos de fibra ótica procedentes do Paraguai. Após representação da PF, a Justiça Federal expediu dois mandados de busca e apreensão, em face dos principais investigados, os quais foram cumpridos em endereços localizados em Otacílio Costa e Lages/SC.
Operação Ponta Solta investiga esquema de comercialização ilegal de cabos de fibra ótica.
Lages/SC – Nesta manhã (14/4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Ponta Solta, que apura a introdução ilícita no País e a comercialização de cabos de fibra ótica procedentes do Paraguai. Após representação da PF, a Justiça Federal expediu dois mandados de busca e apreensão, em face dos principais investigados, os quais foram cumpridos em endereços localizados em Otacílio Costa e Lages/SC.
Por meio da delegacia virtual da Polícia Civil de Santa Catarina, um cidadão apresentou denúncia anônima relatando o crime de descaminho e revenda ilegal de fibra ótica, que seria praticado por um funcionário público. A denúncia, em razão da atribuição investigativa, foi reencaminhada para a Polícia Federal, onde foi instaurado o devido inquérito policial para apuração dos fatos.
A investigação, realizada em conjunto com a Receita Federal, reuniu fortes indícios no sentido da procedência da denúncia. Restou identificado que, num período de 3 anos, o principal investigado recebeu em suas contas quase R$ 3 milhões, por meio de cheques de terceiros, fato aparentemente incompatível com a sua renda mensal como servidor público.
Apurou-se, ainda, que a maior parte desses valores foram pagos por pessoas e empresas do ramo de fornecimento de internet banda larga, por meio de fibra ótica, localizadas em diversas cidades do Estado de Santa Catarina.
Os suspeitos, que já possuem antecedentes criminais, inclusive por contrabando e descaminho, responderão pelos crimes de descaminho e lavagem de dinheiro, cujas penas previstas somadas vão de 4 a 14 anos de prisão.
Na próxima fase, após a análise das provas colhidas nesta data, os supostos compradores da mercadoria ilícita também poderão ser responsabilizados por suas condutas.